O evento que vai discutir
o atendimento no sistema público de
saúde, especificamente na área de tratamento de câncer, atende requerimento da
deputada Valéria Macedo (PDT).
A Comissão de Saúde da Assembleia
Legislativa do Estado do Maranhão promoverá nesta quarta-feira (4), às 14h,
audiência pública no município de Imperatriz, no auditório da Câmara de
Vereadores, para discutir o atendimento no sistema público de saúde,
especificamente na área de oncologia, na região Tocantina. O evento atende
requerimento da deputada Valéria Macedo (PDT) que é presidente da comissão de
Saúde da Assembleia.
A audiência reunirá deputados
estaduais e federais, médicos da área de oncologia, entidades, secretários,
vereadores, prefeitos e sociedade civil organizada, para discutirem, juntos, o
atendimento a pacientes da região Tocantina (macrorregiões de Balsas,
Imperatriz e Presidente Dutra) que são acometidos de câncer e que necessitam de
tratamento com a habilitação Unacon (Unidade de Alta Complexidade em Oncologia,
incluindo serviços de radioterapia.
“Nós sabemos que a região Tocantina
tem um grande número de casos com pacientes diagnosticados com câncer e que não
tem o tratamento adequado disponível por perto. Para isso, iremos reunir
autoridades envolvidas na área da saúde para solicitar a instalação de um
Unacon, para que tenha disponível a radioterapia. Isso facilitaria o acesso dos
pacientes ao tratamento”, explicou Valéria Macedo.
O câncer representa hoje um dos
principais problemas da saúde pública em todo mundo, e no Estado do Maranhão
não é diferente. Um dos pontos mais preocupantes é a falta de um serviço de
terapia mais próximo do paciente, já que a doença tem uma evolução rápida. No
caso da região Tocantina, o único hospital que oferece tratamento para a doença
é o São Rafael, que fica localizado em Imperatriz, mas que não disponibiliza
serviços de radioterapia. Esta ausência faz os pacientes da região do sul se
deslocarem para o hospital da capital, o Aldenora Bello, ou para outros
Estados, como o Piauí (Teresina) e Tocantins (Araguaína).
Segundo a deputada, a proposta de
instalação de serviço de radioterapia no Sul do Estado já existe, mas está
praticamente parada. “Esse processo da instalação de uma Unacon com serviços de
radioterapia já está tramitando, mas é um processo que ainda caminha
lentamente. Nós precisamos acelerar [o processo] em níveis estadual e federal.
A população de imperatriz e região necessitam urgente desses serviços”, disse.
De acordo com Valéria Macedo, após o
debate, será encaminhado um relatório à secretaria de Saúde do Maranhão, à
Assembleia Legislativa e ao Ministério da Saúde, com todas as informações sobre
a importância de acelerar o processo de instalação de habilitação Unacon com
serviço de radioterapia no Sul do Estado.
SERVIÇOS
Assim que estiver funcionando
completamente, a Unacon do Hospital de Imperatriz oferecerá serviços de
cirurgia oncológica, clínica de radioterapia, cuidados paliativos e pronto
atendimento na área. Mas o foco será a assistência especializada na alta
complexidade para diagnóstico definitivo e o investimento no tratamento de câncer
que hoje no Maranhão em termos de mortalidade proporcional, ocupa o terceiro
lugar na relação das causas mais frequentes, sendo superada apenas pelas
doenças cardiovasculares e causas externas.
DADOS
No Maranhão, um Estado com seis
milhões e 500 mil habitantes, existem apenas dois Unacon’s, um em São Luís e
outro em Imperatriz, ambos sem serviço de radioterapia. É disponibilizado
apenas um Cacon (Centro de Alta Complexidade em Oncologia), no Aldenora Bello,
com serviços de radioterapia.
“Verificamos que atualmente não conseguem atender a demanda dos pacientes principalmente os provenientes do interior do estado fazendo com que haja uma longa fila de espera para tratamento de radioterapia, o que acarreta altos índices de não realização ou abandono do tratamento por parte dos pacientes. De acordo com dados de 2010 do Tribunal de Contas da União a cobertura da radioterapia no Maranhão é de apenas 57,5% da demanda existente, e a cobertura de procedimentos cirúrgicos oncológicos é de apenas 48,5% da demanda existente, o que reforça mais uma vez a necessidade urgente da descentralização do serviço de radioterapia aos pacientes das três macro regiões de saúde (Imperatriz, Balsas e Presidente Dutra) que passariam a ser atendidas em Imperatriz”, concluiu Valéria Macedo.
(Por: blog doJosué Moura)
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