As pessoas efetivamente representativas do partido, ou seja,
Léo Costa, o único prefeito do partido presente, os ex-prefeitos Deoclides
Macedo e Chico Leitoa, foram vencidos pela turma do Deputado Federal Weverton Rocha
e Julião.”, diz um membro do PDT, reafirmando que “tudo não passou de uma encenação previamente
preparada. Mais um equívoco de pessoas que entendem que representam o PDT
maranhense”.
Ontem à noite (7/4) o que seria a primeira reunião do
diretório do PDT se transformou num teatro armado pelo presidente estadual
Julião Amim e pelo secretário geral Deputado Federal Weverton Rocha, além da
torcida organizada ligada a ambos, segundo fui informado por membros do partido
que apesar de não quererem se manifestar publicamente saíram de lá descontentes
com o desfecho que acreditam não será nada bom para o candidato Flávio Dino e
demais partidos da oposição.
Segundo me disseram, Weverton e Julião armaram uma encenação
para referendar decisão arquitetada por eles sobre a indicação do empresário de
Balsas Márcio Honaiser para compor a chapa com Flávio Dino (PCdoB).
A reunião comandada com mão de ferro pela turma de Weverton
determinou que fossem ouvidos os quatro pré-candidatos a vice pelo PDT, ou
seja, Márcio Honaiser, Deoclides Macedo, Rosângela Curado e Sandra Torres.
O primeiro a falar foi Deoclides Macedo, o qual se manifestou
no sentido de que de que não tem veto a nenhum nome, mas que a escolha de um
vice depende da convergência de outros partidos aliados, pois a composição de
chapa majoritária nunca é um ato isolado de um partido. Tem que ser ouvido o
próprio candidato a governador e tem que ter uma participação mais ampla de
vários espectros políticos do partido e outros partidos aliados.
Em seguida, falou Márcio Honáiser e se apresentou como
empresário ligado ao partido, e que foi candidato em 1998 a deputado estadual.
Disse que sua proposta é representar o PDT no governo de Flávio Dino.
Rosângela curado apresentou-se com novidade na política de
Imperatriz e que tem disposição para ajudar na eleição de Flávio Dino.
Acrescentou que não tem pai nem mãe política, que era do outro lado, mas que
agora está disposta a lutar por uma política limpa, uma política que defenda os
interesses dos menos favorecidos. Rosângela é odontóloga e que sua área de
atuação é a saúde, foi secretária de saúde de Imperatriz e tem experiência de
sobra nessa área.
Manifestou-se também Sandra Torres e disse que seu foco seria
a representação da mulher, que constitui mais de 50% do eleitorado maranhense e
brasileiro, mas que é muito pouco representada na política. Sandra tem
militância na área social, é assistente social de formação, foi vice-prefeita
de São Luís, assessora do ex-governador Jackson Lago, militante no PDT desde os
bancos acadêmicos e desde que chegou no Maranhão para estudar vindo do Piauí.
Em seguida, falou o Ministro Edison Vidigal defendendo
cautela na escolha do vice, e que a idéia deveria ser amadurecida mais, pois
numa primeira reunião do diretório não se deveria tomar decisão precipitada,
especialmente considerando as mudanças últimas ocorridas na política do estado.
Em seguida, falou o prefeito de Barreirinhas Léo Costa, no
mesmo sentido de Vidigal, ou seja, de que o partido deveria ter cautela na
indicação do vice, assegurando que “se a vaga é nossa não há necessidade de
precipitação”. Disse ainda que era necessário ouvir o candidato a governador
Flávio Dino e os outros partidos da coalização de forças.
Léo Costa questionou ainda que a chapa majoritária “já tem
Roberto Rocha que é de Balsas, e agora terá também Márcio Honáiser também de
Balsas? E as outras regiões?”
Em seguida falou o vereador de São Luis Ivaldo Rodrigues
(PDT) defendendo a escolha imediata do vice, outros vereadores do interior, o
secretário municipal Raimundo Penha, o ex-vereador Renato Dionísio, todos no
sentido de que a escolha deveria ser imediata, o quenão é estranho, pois sempre
assinam embaixo das decisões de Weverton Rocha.
O ex-prefeito de Timon Chico Leitoa também defendeu que o
nome fosse escolhido, mas não naquela reunião, pois não havia amadurecimento da
questão ainda no partido.
O membro Moacir Feitosa disse que não tinha condições de
decidir naquele momento e, por isso, defendeu que a questão fosse encaminhada
mais a frente e que se buscasse um entendimento para não rachar o partido.
Ao final o ex-prefeito de Porto Franco Deoclides Macedo fez
novo apelo para que a decisão não ocorresse naquelas condições, ressaltando que
a representação de pouco mais de 20 municípios presentes era insuficiente para
que se tomasse uma decisão dessa envergadura sem uma articulação mais ampla dos
demais municípios do estado. Deoclides então retirou seu nome da discussão e
disse que não estava de acordo em ir para uma disputa dessa natureza. Em
seguida, retirou-se da reunião e foi acompanhado por vários outros membros do
partido.
Por último, Weverton Rocha falou novamente e reafirmou que o
nome deveria ser escolhido logo, que o deputado Carlos Amorim de Imperatriz
teria declarado apoio ao empresário de Balsas Márcio Honáiser, e que seu
candidato era o próprio Márcio Honáiser. Estranhíssima a posição de Amorim
de quem estão falando coisas impublicáveis, mas que teriam influenciado na
mudança de sua preferência a favor de Honaiser.
“As pessoas efetivamente representativas do partido, ou seja,
Léo Costa, o único prefeito do partido presente, os ex-prefeitos Deoclides
Macedo e Chico Leitoa, foram vencidos pela turma do Deputado Federal Weverton Rocha
e Julião.”, diz um membro do PDT, reafirmando que “tudo não passou de uma encenação previamente
preparada. Mais um equívoco de pessoas que entendem que representam o PDT
maranhense”.
Desde a morte de Jackson Lago o PDT não se encontrou ainda e
trilha por um caminho de menosprezo a quem efetivamente tem voto. O PDT
estadual tem sido dirigido na marra, num faz de conta democrático, por uma
maioria com voto no diretório, todos colocados por Weverton e Julião Amin,
maioria dessa rapaziada com poucos ou sem votos nas urnas eleitorais e sem
representativa política.
Um pedetista histórico da Capital, que não quis se
identificar, disse que: “O PDT
maranhense depois da morte de Jackson entrou numa fase autofágica, e
dificilmente indicará o vice na chapa de Flávio”.
(Agencia Baluarte)
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